Os Festejos dos Reis terminaram, na tarde de domingo, dia 15 de janeiro, com chave de ouro em Verride. Repleto de emoção pelo falecimento de um familiar de um elemento do Coro Polifónico, o concerto da Banda da Associação Filarmónica União Verridense (AFUV) marcou o arranque de "mais um ano de intensa atividade cultural". Isabel Carvalho, presidente da direção da AFUV, acrescentou ainda que "a associação está preparada e disponível para qualquer desafio, mas sempre com os pés bem assentes no chão". 
Depois de cantar os parabéns a Isabel Carvalho, o presidente da Câmara desejou um "bom ano de trabalho, muitos concertos e sucessos para a AFUV". Acompanhado pela vereadora Paula Rama e pelo presidente da União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca, Carlos Alves, Emílio Torrão endereçou ainda "sentidos pêsames e condolências à Catarina (elemento do coro polifónico da AFUV) e à sua família neste momento de dor". 

Verride

Tem como titular Nossa Senhora da Conceição. Fundada em data incerta, o seu aspecto actual data das reformas de 1611, de 1868 e 1882, tendo ficado a fachada com vagas linhas de tipo setecentista. Edifício simples composto por capela-mor, arco cruzeiro, dois altares colaterais, três capelas laterais, coro-alto, sacristia, anexos (no século XVII existia uma dependência do lado do Evangelho), torre sineira e dois adros murados.

Tem ainda três capelas laterais: a do Santíssimo Sacramento, muito semelhante à da Senhora da Piedade do Convento dos Anjos (têm um ano de diferença), situada entre a Capela das Almas e o altar colateral da esquerda, obra atribuída a João de Ruão, com a data de 1543, numa pilastra; apresenta abóbada artesoada, simples e elegante, retábulo de pedra mutilado, apresentando apenas o sacrário (século XVIII), de remate em lanternim, acompanhado de dois nichos que abrigam as esculturas de pedra de S. João Baptista e S. João Evangelista. As paredes estão revestidas com azulejos de xadrezado (século XVII) e tem grade de ferro forjado do século XVIII.

Foi dotada com uma esmola de terra no campo por D. Luis Moscoso Osório e sua mulher, D. Catarina Maria. Os seus fundadores estão sepultados na capela, em campa rasa e sem epitáfio.  

Torre sineira, situada à direita do edifício, recuada, composta por quatro ventanas e quatro sinos com mostrador de relógio analógico, remate incaracterístico e tosco, com acesso pelo exterior do edifício. Um dos sinos está assinado: "André de Argos me fez 1797".

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