Queijada de Pereira ganha um doce monumento de homenagem e promoção

A entrada da vila de Pereira, no sentido de Coimbra, está mais doce e apetitosa com a escultura evocativa à Queijada de Pereira, que foi inaugurada esta terça-feira, dia 20 de junho.
"Esta é uma das portas de entrada do concelho e a Queijada, uma das maravilhas da nossa doçaria conventual, deixa um convite para que todos visitem Pereira", referiu o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão.
Acompanhado pelo presidente da Assembleia Municipal, Fernando Ramos, e pelo presidente da Junta de Freguesia de Pereira, António Ferreira, após revelar o monumento de homenagem, Emílio Torrão destacou que "a queijada representa muito para Pereira, não apenas ao nível da economia local, mas principalmente para a história, a tradição e o simbolismo da vila, da freguesia e do concelho. Este monumento é, por isso, também um elogio à mulher, à mulher de Pereira, às mulheres que estudaram em Pereira no Colégio das Ursulinas, às mulheres que tiveram a coragem e o arrojo de serem diferentes". 
"Estamos a honrar o legado e a herança de todos nós. Continuamos a valorizar o que é nosso e, por isso, este monumento tem um sabor ainda mais especial”, concluiu o edil montemorense perante os vereadores do Executivo Municipal, presidentes de Junta, elementos da Assembleia Municipal e de Freguesia e muitos populares que fizeram questão de marcar presença no momento. 
 
Para António Ferreira, presidente da Junta de Freguesia de Pereira, "esta é uma obra muito aguardada por todos os Pereirenses que vem embelezar a vila de Pereira e a entrada no concelho de Montemor-o-Veho e veio dar alma aos produtores e vendedores de Queijadas".
 
Também Fernando Ramos, presidente da Assembleia Municipal de Montemor-o-Velho, salientou a importância do dia para Pereira, em que "a Queijada e o seu mais nobre embaixador - o Rancho Folclórico da Vila de Pereira - têm hoje aqui um reconhecimento público, com esta escultura que dignifica o território, a vila de Pereira, a mulher de Pereira e os Pereirenses em geral".
 
A escultura em aço com cerca de 3,5 metros de diâmetro, assenta num maciço de betão armado onde estão colocadas as letras “Vila de Pereira”, está instalada no centro da rotunda da entrada da vila de Pereira, foi desenvolvida pelos serviços municipais, sendo da autoria do arquiteto Gonçalo Cristo, chefe da Divisão de Planeamento, Coordenação de Projetos e Financiamento Comunitário, e representa um investimento da Autarquia de cerca de 30 mil euros.
 
Perde-se no tempo a origem deste doce tão característico e que exige perícia e precisão para dar forma aos seus sete bicos e que usa apenas queijo fresco, gemas de ovo, açúcar e farinha.
Referenciada no Foral Manuelino de 1 de Dezembro de 1513, a Queijada de Pereira aparece também retratada na pintura de D. Josefa d’Óbidos e, partir do século XVIII, passa a ser mais divulgada através Real Colégio das Ursulinas de Pereira.
A proximidade ao caminho ferro, com o apeadeiro de Pereira, ajudou a divulgar ainda mais esta saborosa iguaria.
Atualmente, a Queijada de Pereira continua a ter um papel de relevo na economia local, bem como tem encontrado no Rancho Folclórico da Vila de Pereira, da ADCRP, um dos seus embaixadores, ao promovê-la nas suas atuações e presenças em eventos, com o inconfundível pregão: “Quem merca as Queijadas de Pereira, Papos de Anjo e Barrigas de Freira...”.

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