Solar dos Gavichos

Tentúgal

Construído em meados do século XVII por fases. Só assumiria o seu aspecto actual em 1687. No século XIX, o edifício sofreu profundas alterações no interior (tectos de estuque) e na parte de trás (construção de um novo corpo).

A família dos Gavichos pertencia aos Couceiros por varonia e estes constituíam uma das famílias nobres mais antigas de Tentúgal. O primeiro foi Diogo Couceiro, natural do Paço de Coucieyro, solar dos seus maiores, situado no Minho, junto a Regalados e que passou a viver em Tentúgal nos reinados de D. Fernando e D. João I. Os seus filhos, Rui e Bartolomeu Dias Couceiro, foram fidalgos da casa do Infante D. Pedro, Duque de Coimbra. De Rui Dias Couceiro descenderam vários ramos de Couceiros, entre eles um que administrava diferentes vínculos e era proprietário da Ermida de S. Miguel.

Um outro ramo herdou, por aliança, o morgadio de Gavicho, instituído em 1630, por Jorge Lopes Gavicho, familiar do Santo Ofício e homem muito rico na região. Em 1628, era descrito como uma casa nobre de dois pisos, com quinta na parte detrás. Junto tem uma capela de invocação a S. Jorge, mandada construir em 1687, por Manuel Lopes Couceiro que, depois de herdar o morgadio, passou a assinar-se Gavicho, apelido que se transmitiu aos seus descendentes. Os Couceiros, morgados de Gavicho, usaram as armas dos Couceiros e Cunhas.

Construção clássica de dois pisos. A fachada é composta por nove janelas, sendo sete de sacada, no 1º piso, e outras nove no piso térreo, mais pequenas e um pouco recuadas do alinhamento da casa (hoje só se vêem oito porque numa delas foi rasgada uma porta). A ladear a fachada, dois corpos mais altos: no do sul, a capela de S. Jorge e no do norte a entrada principal antiga, hoje sem serventia.

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