Mondego Agrícola mostra potencialidades do setor

A inovação, os negócios, o ensino, os desafios e as potencialidades do setor agrícola estiveram em destaque, esta terça-feira, na 3ª edição do Mondego Agrícola – Feira das Culturas.

Numa sessão de abertura marcada pelas temáticas das alterações climáticas, da guerra na Ucrânia e do uso mais responsável da água, o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, mostrou-se "total e incondicionalmente disponível para reivindicar o que for necessário em prol de uma melhor agricultura" e encorajou os agricultores a manterem-se unidos e a encontrarem uma voz forte que os represente, por forma a poderem beneficiar de ajudas mais especializadas.

Abordando a questão do rio Mondego e das cheias, Emílio Torrão recordou a importância da construção das comportas de maré em frente ao sifão 5, projeto em execução, "não apenas para os agricultores, mas também para a segurança da vila de Montemor e da Ereira”.

Ao destacar a importância do Mondego Agrícola para “preparar os agricultores para os desafios do futuro”, Emílio Torrão deixou palavras de elogio ao trabalho que a Escola Profissional e de Desenvolvimento Rural do Baixo Mondego (EPDRBM) tem desenvolvido na formação de jovens agricultores e do apoio que lhes continua a prestar após a conclusão dos seus estudos.

Também Décio Matias, na qualidade de diretor da ADA, referiu: “As escolas profissionais já não são o parente pobre do ensino oficial público. São escolas de sucesso onde os alunos têm contacto com a realidade desde cedo. Acredito que estas escolas podem ser a alavanca do país, numa altura em que temos falta de mão de obra e de recursos humanos técnicos e competentes”.

Em representação da Cooperativa Agrícola do Concelho de Montemor-o-Velho (CACMV), Carlos Plácido apontou algumas dificuldades e desafios para o futuro do setor no Baixo Mondego.

Para o diretor da DRAPC, Fernando Martins, o Mondego Agrícola “vai continuar a crescer e a afirmar-se no panorama regional e nacional como uma feira de referência do setor”, pois tem tido uma “expansão contínua”, que é “um sinal de vitalidade da região e da força do setor”.

A par dos painéis dedicados às linhas de orientação da Planos Estratégicos da Política Agrícola Comum (PAC) 2023-2027 e à “Comercialização dos cereais / evolução dos preços”, os participantes podem ainda ficar a conhecer os produtos, maquinaria e serviços de 40 expositores ligados à atividade agrícola e apreciar os primeiros tratores do Baixo Mondego. Nos campos de ensaio de arroz, milho e batata decorrem, durante todo o dia, demonstrações de máquinas agrícolas.

O Mondego Agrícola – Feira das Culturas foi organizado pela ADA – Associação Diogo de Azambuja, através da Escola Profissional e de Desenvolvimento Rural do Baixo Mondego (EPDRBM), tendo contado com a colaboração do Município de Montemor-o-Velho, da Cooperativa Agrícola do Concelho de Montemor-o-Velho, CRL (CACMV), e da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC).

 

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