Montemor-o-Velho abriu hoje, dia 12 de maio, as portas do novo Museu Municipal - Peregrinações, no renovado Convento de Nossa Senhora dos Anjos, um espaço onde a memória coletiva ganha forma e o passado dialoga com o futuro.
Ao lembrar que “Montemor tinha uma dívida para com Fernão Mendes Pinto e para todos os montemorenses que honram a sua terra", o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, na sessão de abertura do museu, sublinhou: “este é um espaço, que foi erigido por um dos grandes navegadores portugueses - Diogo de Azambuja -, que honra a nossa história, que evoca a memória das descobertas, mas que homenageia também Fernão Mendes Pinto – nascido em Montemor-o-Velho e uma das figuras mais notáveis da literatura portuguesa, um dos autores portugueses mais traduzidos em todo o mundo que ultrapassa, a nível mundial, Camões”.
“Queremos que o Museu seja mais um polo de atração de pessoas. Deixo também um desafio aos montemorenses para que tragam aquilo que conhecem para o nosso Museu. Têm aqui um lugar seguro para mostrar a nossa história e fazer jus ao concelho”, reforçou o autarca, acompanhado pelo vice-presidente José Veríssimo, pelos vereadores Diana Andrade e Décio Matias, por Paulo Monteiro, da empresa Glorybox, por Ana Paula Laborinho, da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), pelos presidentes de Junta e das Uniões de Freguesias, bem como por dirigentes e trabalhadores do Município.
Ana Paula Laborinho agradeceu “o enorme entusiasmo do Presidente da Câmara Municipal, que me envolveu no projeto”, e destacou que o Museu Municipal “é um lugar de memória que se projeta no futuro” e que, a partir de Fernão Mendes Pinto, “mostra a tenacidade dos portugueses”.
Com um percurso expositivo organizado de forma cronológica, o Museu convida à (re)descoberta da história de Montemor-o-Velho, desde os primeiros vestígios de ocupação humana até ao século XX.
No piso 0, a visita pelo território começa no Paleolítico, atravessa o Neolítico, a Idade dos Metais, com a presença Fenícia em Montemor-o-Velho, a Romanização, os tempos medievais e culmina com o Infante D. Pedro e uma breve história sobre o Convento que agora é a casa do Museu. Visitar o novo Museu Municipal de Montemor-o-Velho é, por isso, também uma oportunidade para conhecer um edifício com mais de cinco séculos de história, fundado em 1494 pelos frades eremitas de Santo Agostinho, por iniciativa de Diogo de Azambuja.
Ainda no piso térreo, destacam-se a sala Deprofundis, um espaço dedicada à arqueologia e a antiga cozinha do convento, onde se explora a gastronomia da região.
O piso 1 dá a conhecer as personalidades ilustres do concelho, com especial enfoque em Fernão Mendes Pinto, cuja vida e obra continuam a surpreender e a inspirar novas viagens e descobertas. O Municipalismo e Montemor-o-Velho no século XX são outros dos temas abordados neste piso.
O Museu encontra-se em fase experimental até 16 de junho, funcionando de segunda a sexta-feira, entre as 10h e as 18h. Durante este período, estarão disponíveis visitas guiadas gratuitas, mediante marcação prévia através do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou do número 930 433 253 (chamada para a rede móvel nacional). Cada visita requer um mínimo de cinco participantes, podendo também ser agendada presencialmente, com pelo menos uma hora de antecedência. No sábado, dia 31 de maio, também haverá visitas às 11h e às 15h, mediante marcação prévia.
