Paços do Concelho

Paços do Concelho

Montemor-o-Velho

O edifício dos Paços do Concelho, onde funciona actualmente a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, foi edificado nos finais do século XIX, na actual Praça da República, que naquela altura era denominada Praça Príncipe D. Carlos. Pela leitura das Actas das Sessões da Câmara, sabe-se que já nos finais do ano de 1887, foi discutido pela Câmara o estado de ruína do edifício, e a necessidade da sua reconstrução . Nesta altura, era presidente da Câmara o Dr. José Augusto de Almeida Ferreira Galvão, que foi um dos principais impulsionadores desta obra.

Após a tomada de decisão de destruir o antigo edifício, para em seu lugar edificar um novo, ao longo de várias sessões foram sendo discutidos pormenores como a planta e o orçamento para este projecto. É através da imprensa da época, neste caso, mais uma vez, através do Correio da Figueira , que sabemos que a 4 de Junho de 1889 se lançaram as primeiras pedras para as fundações do novo edifício dos Paços do Concelho. A obra foi concluída a 9 de Abril de 1892.

O dia 17 de Junho de 1893 foi, certamente, um dia memorável para o Concelho, pois foi o dia em que se realizou a primeira Sessão da Câmara no novo edifício dos Paços do Concelho.

Igreja Nova

Igreja Nova

Montemor-o-Velho

Situava-se junto à porta poente do castelo, designada Nossa Senhora do Rosário. Apesar de se ignorar a data da sua construção, há autores que afirmam que o fundamento da sua edificação advém de uma contenda entre o pároco de S. Martinho e a Colegiada de Santa Maria de Alcaçova. No entanto nunca chegou a ser utilizada como sede de freguesia.Desconhece-se o seu tipo de construção e as suas características artísticas. Na década de 40 do século XX, possuía ainda a frontaria, apenas com o portal, da Renascença (1ª metade do século XVII), composto por um arco sobre pilastras, enquadrado por duas colunas dóricas e caneladas, entablamento com friso almofadado, remate e nicho e colunelos coríntios.

 A padroeira era Nossa Senhora da Encarnação e funcionava como sede da Irmandade dos Clérigos. Em 1906, mantinham-se em pé as paredes e um pórtico da Renascença final. Em 1941, nas obras efectuadas no castelo pela DGEMN, os restos desta igreja foram demolidos.

Igreja de Santa Maria Madalena

Igreja de Santa Maria Madalena

Montemor-o-Velho

De origem medieval, foi uma das duas igrejas que D. Manuel I ressalvou da doação de 1500. Pertenceu à Coroa Real, teve priorado e anexo um hospital com o mesmo nome. Posteriormente, pertenceu aos Condes de Tentúgal, tendo sido sagrada pelo bispo de Coimbra, D. Manuel de Mello. Foi sede de uma das antigas paróquias de Montemor-o-Velho.

Edifício de planta simples, de nave única e três capelas. Do que resta podemos observar, a porta principal em ogiva, por cima da qual existia uma fresta. O campanário manuelino com lugar para dois sinos ressalta da frontaria e conserva a sua forma primitiva. Sobre a porta do lado Sul vê-se a cruz de malta. No interior, existia uma mísula  manuelina e uma lápide romana dedicada a Júpiter, que se encontrava na esquina da capela-mor, no cunhal da Epístola.

Igreja de Santa Maria da Alcáçova

Igreja de Santa Maria da Alcáçova

Montemor-o-Velho

Localizada próximo do muro interior do castelo, para a parte sul. É de invocação a Nossa Senhora da Assunção.  

Foi mandada edificar em 1090, pelo Presbítero Vermudo, por ordem do Conde D. Sesnando. Foi reedificada definitivamente no primeiro quartel do século XVI, obra atribuída ao arquitecto Francisco Pires, sob a ordem do bispo-conde D. Jorge de Almeida. Composição estrutural simples, com três naves de cinco tramos e três capelas absidais. Nave central levantada, sem janelas acima das arcadas. Cabeceira de composição complexa: arcos abertos entre as capelas laterais e a mor, em plano, dão a aparência de um transepto.

De salientar o conjunto escultórico da Virgem do Ó e do Anjo da Anunciação, do século XIV, do escultor Mestre Pero, bem como o retábulo do Santíssimo Sacramento, uma obra já do século XVI, atribuída a João de Ruão, composto por dois registos que contemplam uma última ceia e um sacrário.

Igreja da Misericórdia de Montemor-o-Velho

Igreja da Misericórdia de Montemor-o-Velho

Montemor-o-Velho

É obra do fim do século XVI, tendo sofrido reformas na 2ª metade do século XVIII (a que talvez corresponda a data de 1761 do lavabo). Voltou a ser reformada no último quartel do século XIX (1873), quando era provedor o Reverendo Augusto Pereira Cardote. Planta de nave única com capela-mor e dois altares colaterais, no corpo da igreja. Apresenta, como é comum nas igrejas da Misericórdia, a tribuna dos Mesários. Tem ainda púlpito e um alizar de azulejos. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1950.

Hospital da Misericórdia

Hospital da Misericórdia

Montemor-o-Velho

Situado na Av. dos Bombeiros Voluntários. Edifício de quatro corpos, enquadrado num aprazível recinto ajardinado, amplas enfermarias, salas de operações, urgências, capela e exames complementares de diagnóstico.Devido à falta de espaço do antigo Hospital de Nossa Senhora de Campos e Misericórdia decidiu-se a construção de um novo edifício, concluído em 1932. Posteriormente, foi Centro de Saúde e actualmente voltou de novo para a alçada da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho. A 20 de Abril de 1911 foram aprovados os novos estatutos da Confraria de Nossa Senhora de Campos e Misericórdia, após a introdução de alterações na Lei. O regulamento de 1913 finalmente permitiu avançar para a edificação de um novo hospital (a nascente da vila), concluído em 1932. Nos primeiros anos foi instituição modelo, apesar das dificuldades, até à Revolução de Abril de 1974 que o transformou em Centro de Saúde e Centro de Atendimento Permanente. Em 1995, entrou em funcionamento o novo Centro de Saúde e este edifício foi novamente entregue à Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho.

Fonte dos Anjos

Fonte dos Anjos

Montemor-o-Velho

Localizada no Largo dos Anjos, esta fonte surgiu de um contrato entre o juiz, vereadores, procurador (eleitos da vila de Montemor-o-Velho), padres e priores do Convento de Nossa Senhora dos Anjos, celebrado a 31 de Outubro de 1551.

Estrutura em forma de cubo, dominado por coruchéu piramidal manuelino.Na frente, apresenta arco semicircular simples e o escudo da vila invertido.

O revestimento interior é constituído por azulejos sevilhanos, de aresta, do século XVI.

Convento de Nossa Senhora dos Anjos

Convento de Nossa Senhora dos Anjos

Montemor-o-Velho

Esta casa conventual teve a sua origem numa pequena ermida pertencente a Diogo da Azambuja. Em 1494, o Papa Alexandre VI passou o breve da fundação do Convento dos frades eremitas de Santo Agostinho, sendo o seu principal impulsionador Diogo da Azambuja. As obras foram lentas, sendo a igreja a primeira a ser construída. No séc. XX foi classificado como Monumento Nacional e intervencionado. Planta composta pela igreja, sacristia, cozinha, refeitório, claustro, sala do capítulo, celas, portaria e outras dependências.

Castelo

Castelo

Montemor-o-Velho, Montemor-o-Velho

Em 990, Almançor tomou o Castelo, reconquistado, em 1006, por Mendo Luz.

Em 1088 ou 1095, foi reedificado por Afonso VI de Castela. Em 1109, D. Teresa e seu filho, D. Afonso Henriques, teriam ordenando novas reformas no Castelo. O Infante D. Pedro mandou-o ampliar.

No século XIV, o Castelo deve ter tido uma reforma geral. No séc. XX, realizaram-se obras de reconstrução.

Classificado como Monumento Nacional desde 1910.

Planta irregular: castelejo, cerca principal, barbacã envolvente, cercado do lado Norte, reduto inferior a Este, torre de menagem, Igreja de Santa Maria da Alcáçova, Paço das Infantas, torre do relógio, Capela de S. João (extinta).

Na década de 90 do século XX, foi instalada uma casa de chá, entre os muros que restam do Paço das Infantas, obra do Arquitecto João Mendes Ribeiro.

Casa do Despacho da Misericórdia

Casa do Despacho da Misericórdia

Montemor-o-Velho

Anexa à Igreja da Misericórdia, segue o tipo de moradias burguesas seiscentistas, mostrando na fachada virada para o rossio da Misericórdia, seis janelas de sacada, com respectivo gradeamento de parapeito em ferro forjado e cabeceira rematada por simples cornija, ao andar nobre.Construída nos inícios de seiscentos, sofreu grandes estragos na sequência do terramoto de 1 de Novembro de 1755. As obras de reparação tiveram início logo no ano seguinte.

Casa da Roda

Casa da Roda

Montemor-o-Velho

Situava-se ao cimo da Rua dos Combatentes da Grande Guerra. Era uma casa com uma só porta e uma janela, moldurada, ladeada por dois grandes cachorros circulares para vasos de pedra lavrada. Fachada de traça setecentista, porta moldurada e boleada, com inscrição no lintel da porta: "Não há na vida gôsto perfeito nem descanso". A protecção aos filhos do pecado ou da miséria sobrecarregava bastante o orçamento municipal de Montemor, onde havia quatro casas para expostos e abandonados. Do edifício inicial já nada existe, sendo hoje uma casa de habitação particular.

Capela de Santo António de Montemor-o-Velho

Capela de Santo António de Montemor-o-Velho

Montemor-o-Velho

Situa-se no castelo, junto à torre do relógio, interceptada pela linha da barbacã. Edificada, segundo uns, no séc. XI e, segundo outros, no séc. XVI. Sofreu obras no séc. XIX, perdendo o seu carácter primitivo.

Foi primeira matriz do Salvador. Atualmente, está em avançado estado de degradação, reduzida às paredes e destelhada, desde as obras de reconstrução do Castelo de 1930.Planta de nave única com três capelas. Do que resta podemos observar a fachada, simples com pináculos, constituída pela porta principal, encimada por uma janela e uma inscrição. No interior, permanece um arco de volta inteira, despido de ornamentos.

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