Igreja de S. Martinho (matriz)

Igreja de S. Martinho (matriz)

Santo Varão

É seu titular S. Martinho bispo. Em tempos, teve como titular S. Verão ou Varão, cuja imagem ainda existia na matriz em 1721, desconhecendo-se o seu percurso posterior. Ignora-se a data da sua fundação, podendo remontar ao século XVI. Sofreu obras na década de 1960. Edifício simples, composto por nave única, capela-mor, capela dos Rangéis no Evangelho, baptistério, sacristia, sala das sessões da Junta de Paróquia (actualmente capela mortuária) e coro-alto.

Capela de Nossa Senhora do Amparo

Capela de Nossa Senhora do Amparo

Santo Varão

Localizada no Casal das Machadas. Foi fundada em finais do século XVI ou inícios do XVII por António Fernandes, morador no Casal das Machadas e destinava-se a ser panteão da família. No início do século XVIII, encontrava-se em avançado estado de degradação e Francisco Coelho da Cunha patrocinou as obras de reforma: retábulo principal, forros de madeira, telhado, etc.

Capela de Nossa Senhora da Tocha

Capela de Nossa Senhora da Tocha

Santo Varão

Foi instituída em 1661 por Francisco José Floreado e sua mulher Brites Aires Ferreira, junto do Solar da família dos Floreados. Em 1721, era administrada por D. Luiza Pimentel. Mais tarde, todo o conjunto foi adquirido pela família dos Noronhas, proprietários ainda em 1999. Tivemos informação de que teria sido posta à venda, desconhecendo-se se foi vendida ou não. Nela estão sepultados os seus fundadores e descendentes. Capela de pequenas dimensões com campanário e retábulo de excelente qualidade. Portal com frontão encimado por volutas adossadas. Interior de nave única com altar-mor e retábulo de pedra de Ançã da renascença tardia.

Igreja de Santo Estevão

Igreja de Santo Estevão

Pereira

A sua construção data de 1595, tendo sofrido uma importante reforma no século XVII. Tem por orago Santo Estevão. Sofreu obras de restauro ao longo dos tempos, encontrando-se actualmente fechada ao culto pelos mesmos motivos, obra levada a cabo pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.  Edifício típico provinciano da transição de quinhentos para seiscentos, apesar de ter três naves (elemento raro em edifícios deste género). Apresenta planta simples longitudinal e cobertura de madeira nas naves, paredes planificadas e simples aberturas, notando-se no portal S. e na janela do coro a presença da decoração barroca de setecentos.

Igreja da Misericórdia de Pereira

Igreja da Misericórdia de Pereira

Pereira

Em 1498, o Juiz da Confraria de Nossa Senhora da Piedade solicitou ao monarca, D. Manuel I, "Privilégio de Misericórdia", uma mercê concedida, com Provisão e Compromisso, concretizados no ano de 1574, transformando-se em Irmandade de Misericórdia e constituída por 80 Irmãos. A Igreja foi construída a partir da Capela de Nossa Senhora da Piedade. Sofreu obras e acrescentos ao longo dos séculos. Igreja de planta longitudinal, de uma só nave, com coro-alto assente em colunas. Tem capela-mor e na nave três retábulos e tribuna dos mesários suportada por colunas jónicas.

Celeiro dos Duques de Aveiro

Celeiro dos Duques de Aveiro

Pereira

Foi construído no século XVI pelos Duques de Aveiro, tendo como função recolher os cereais, principalmente o milho, proveniente das terras do ducado.Há notícia do brasão dos Lencastre ter sido danificado no século XVIII. Arquitectura utilitária de óptima traça arquitectónica não só quanto à funcionalidade do interior e perfeitamente adequada à função mas também quanto aos materiais empregues. O despojamento decorativo do edifício decorre naturalmente da função que ocupava. Edifício de dois pisos. Sobre a porta que é servida por uma escada alpendrada, encontra-se o escudo dos Lencastres.

Capela de Nossa Senhora do Pranto

Capela de Nossa Senhora do Pranto

Pereira

Construção devida a uma doação testamentária de 1674 do licenciado Manuel Soares de Oliveira, natural de Pereira, para substituição de uma outra que se encontrava em ruínas. Tinha colegiada. Passou para a posse da Santa Casa da Misericórdia de Pereira em data incerta. A primitiva capela localizava-se a Norte da actual e encontrava-se em ruína no século XVI devido às enchentes do Rio Mondego. Plano rectangular de uma só nave, arco cruzeiro, corpo, capela-mor e coro. Na capela-mor encontra-se um retábulo maneirista, com a Virgem entronizada. Nossa Senhora do Pranto é uma escultura de calcário, do século XV, atribuída ao Mestre João Afonso e veio da capela arruinada. No corpo, junto ao arco cruzeiro, do lado Norte, o nicho com a escultura maneirista processional da Senhora do Pranto. No coro, encontra-se o púlpito de pedra, apoiado em duas consolas.

Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso

Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso

Tojal, Pereira

Localizada no Tojal.

Passou de cruzeiro a capela em data incerta, pelo que os moradores colocaram a escultura de Nossa Senhora do Bom Sucesso e passou a ser alvo de devoção dos fiéis. A data que se encontra numa lápide (1147) não nos permite saber se será do cruzeiro ou da capela.

Inicialmente, encontrava-se neste local um oratório onde só cabia a imagem do Santo Cristo, com a frente sempre aberta, para veneração dos fiéis. Era todo de pedra, em forma de nicho, com degraus.

Como o oratório se encontrava em ruína, a população mandou construir uma pequena capela fechada para albergar a dita imagem. Foi assim construído um pequeno edifício, quadrado, com alpendre exterior. Posteriormente, colocaram também nesta capela a imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso, passando a ser esta a sua invocação.

Teatro Esther de Carvalho / antigo Teatro Infante D. Manuel

Teatro Esther de Carvalho / antigo Teatro Infante D. Manuel

Montemor-o-Velho

Este edifício resultou inicialmente da adaptação da Capela da Confraria dos Clérigos de S. Pedro. Tinha a designação de Teatro Infante D. Manuel, passando para Ester de Carvalho, em homenagem a esta grande actriz montemorense que alcançou grande fama no Brasil. Edifício de estrutura arquitectónica simples, com elementos interiores de decoração mais rica, bem ao gosto do final do século, convergindo cenografias com temas de inspiração revivalista. Foi um dos últimos teatros a ser projectado com base em modelos neoclássicos. A riqueza do seu interior advém da decoração em madeira totalmente pintada. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto n.º 67/97, de 31 Dezembro 1997.

Solar dos Alarcões

Solar dos Alarcões

Montemor-o-Velho

Este solar pertenceu aos Alarcões, uma família muito importante em Montemor-o-Velho. Deste local já existem notícias desde o século XV, mas o edifício actual deve-se a uma reconstrução do século XIX.

As primeiras notícias sobre o local onde se encontra implantado o solar datam de 1498, através de uma compra feita por Diogo da Fonseca Andrade (descendente de Fernando Alvares de Andrade, escrivão da Fazenda e tesoureiro de D. João III). Em 1557 ou 59, aparecem referenciadas umas casas como fazendo parte do vínculo instituído por Gaspar da Fonseca Andrade e Dona Leonor de Mascarenhas. Em 1684, foi lavrado um contrato entre Thomé Chichorro e Gaspar da Fonseca que demonstra que parte do beco que existia a nascente pertencia à casa.

Foi por ordem de D. Maria do Ó Osório Cabral (viúva de D. José de Alarcão Velásques Sarmento Osório) que, em 1870, foram iniciadas as obras de reconstrução do solar. D. João de Alarcão, filho herdeiro de D. Maria do Ó, em 1889, mandou construir um celeiro e um depósito para pipas de água e vinho, no lugar onde existia um celeiro em ruínas. Esta parte foi, mais tarde, vendida e transformada em habitação. Já no século XX, em finais da década de 60, o solar foi votado ao abandono até ser definitivamente desocupado. Em finais da década de 70, o edifício foi alugado aos Serviços Hidraúlicos do Mondego.

Em 1985, o imóvel foi vendido por Maria da Conceição Ponces de Alarcão Velásques Sarmento Lopes da Silva a Deolindo Azevedo Correia, que o vendeu em 1988 à Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho. Desocupado desde a saída dos Serviços Hidráulicos e em avançado estado de degradação, foi adquirido pela Câmara Municipal de Montemor-o-Velho em 1992. Atualmente, foi recuperado para a instalação da Biblioteca Municipal.

Caso exemplificativo da casa nobre de província do século XIX, com características de origem erudita. Constituído por r/c, 1º andar, sotão, capela e logradouro.

Solar dos Chichorros

Solar dos Chichorros

Montemor-o-Velho

Localizado no Largo Alves de Sousa (antigo Largo do Outeiro). Solar constituído por casa de habitação, celeiro e logradouro. É de salientar a existência de um nicho na parede exterior do edifício, onde se encontra um Padre Eterno, em alto relevo, esculpido na pedra. O primeiro membro da família a viver em Montemor-o-Velho foi João Chichorro-o-Velho (1538-1564), que foi várias vezes vereador da Câmara. Possuíam brasão de armas: um escudo esquartelado com armas dos Chichorros, no 1º e 4º quartel, Pinheiros no 2º, e Figueiredos no 3º.

Pórtico dos Pinas (Solar dos Pinas)

Pórtico dos Pinas (Solar dos Pinas)

Montemor-o-Velho

Este portal pertence aos Solar da família Pina, de onde se destacam as figuras de Fernão de Pina e Rui de Pina. Entre os descendentes encontra-se Lopes Fernandes de Pina que veio a casar em Montemor-o-Velho com Leonor Gonçalves, filha de Pedro Gonçalves, cavaleiro-vassalo do rei D. João I e mulher Maria de Góis.

Este fixou residência em Montemor, "construiu uns grandes passos cercados e coroados de ameias". Porta de verga curva e cimalha sobrepujada por concha, enquadrada por duas colunas dóricas em frente de pilastras colocadas em diagonal. Sobre as colunas, dois vasos espiralados com fogaréus e no espaldar as armas dos Pinas. Apresenta características barrocas não só no tipo de elementos decorativos utilizados (brasão e terminação das colunas) como na própria organização dos suportes.

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