“A Literatura e o 25 de Abril” encerrou 45º aniversário do 25 de Abril de 1974

A literatura, o teatro, a arte e a partilha de muitas histórias marcaram o encerramento do programa comemorativo do 45º aniversário do 25 de Abril de 1974 do Município de Montemor-o-Velho com a tertúlia “A Literatura e o 25 de Abril”, no Teatro Esther de Carvalho, em Montemor-o-Velho, no dia 25 de maio.A iniciativa, que se insere também no ciclo de tertúlias que se encontram a decorrer ao longo de 2019, por ocasião do 50º aniversário do CITEC – Centro de Iniciação Teatral Esther de Carvalho, ficou a cargo do escritor António Tavares que trouxe um outro olhar sobre os escritores, a literatura e as diversas manifestações artísticas e culturais desde os finais da década de 60 até ao pós-25 de Abril.Tendo em consideração "a diversidade enorme da estética", na qual “cada escritor tem o seu mundo”, e no âmbito dos escritores selecionados para análise, o palestrante fez referência à menor edição de obras no pós-25 de Abril e, como explicação provável, apontou: “As pessoas estavam mais preocupadas em viver [a Liberdade] do que em escrever”.Num serão carregado de memória, mas também de esperança, partilha e debate de ideias com o público presente, António Tavares sublinhou que “a Revolução teve consequências mais fortes na canção, no teatro ou no jornalismo”. Todavia, na literatura e a título de exemplo, destacou que o 25 de abril trouxe “a possibilidade de aceder a obras de autores estrangeiros que nos estavam vedadas”, assim como deu uma maior visibilidade às escritoras e à literatura lusófona.Na iniciativa que contou também com a presença do 1º secretário da mesa da Assembleia Municipal, Carlos Lucas Correia, da 2ª secretária da mesa, Célia Craveiro, e do membro da Assembleia Municipal José António Serrano (PS), o presidente da Assembleia Municipal, Fernando Ramos, à margem da tertúlia, mostrou-se visivelmente satisfeito “pela forma como decorreram as comemorações do 45º aniversário do 25 de Abril de 1974 no concelho”. “Foi um programa ambicioso, feito com gente do concelho e com um elevado nível de participação nas diversas ações”, reforçou.De igual modo, o vereador Décio Matias sublinhou: “Esta é uma data importante para o país e que merece a atenção de todos nós. Estas comemorações deixaram-nos muito orgulhosos e são um desafio para nos voltarmos a superar em 2020, no 46º aniversário do 25 de Abril de 1974”.Recorde-se que o Município de Montemor-o-Velho, em colaboração com diversos agentes culturais do concelho, comemorou o Dia da Liberdade com um intenso programa cultural, educativo, institucional e intergeracional pensado para todas as idades, entre 5 de abril e 25 maio.
Depois das tertúlias temáticas sobre o 25 de abril - “A Rádio e o 25 de Abril”, por Braga da Cruz, no dia 5 de abril, “Cantar Abril”, por Rui Pato, no dia 12, “Comemorações dos 45 anos do 25 de Abril”, por Fernando Ramos, no dia 11 de maio e ”A Literatura e o 25 de Abril”, por António Tavares, no dia 25 -, o espaço de debate regressa ao Teatro Esther de Carvalho, no dia 8 de junho, às 21h30, com “Uma prática do teatro comunitário – como desenvolvimento social, criativo e humano” por Rui Almeida que vai representar também “O lamento do unicórnio”, de Abel Neves.

 

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